A Rainha e sua paixão.

Por Anderson Schmidt de Lima

Durante 7 décadas de Reinado a Rainha colocou-se diante de muitos impasses e com pulso firme colocou as pessoas como prioridade de seu reinado, porém, como muitos sabem a prioridade em sua casa poderia ser de pessoas, mas não humanas.

Seu amor incondicional pelos animais fez de sua passagem aqui em nosso meio muito mais agradável e compreensível para uma Mulher muito além de sua época, com um carinho em especial à espécie canina, a qual não economizava em fotografias, demostrando seu dia a dia e em fotos oficiais da Realeza Britânica, demostrando poder e sutileza.

Um pouco de carinho?

Tratadores e passeadores, tosadores, seguranças e cozinheiros a mercê de seus cães, a Rainha tinha em sua folha de gastos algumas várias moedas de ouro, mas isso não a incomodava pois sabia que seus amores estariam em ótimas mãos, contudo, por volta de 2020, anunciou que não colocaria mais nenhum “pet” sobre seus cuidados, pois a preocupação da doce senhora seria de quem cuidaria de seus amados quando ela não pudesse mais assumir seu papel de protetora, mas mesmo sabendo desse sentimento e esse desejo, seu filho a presenteou com um lindo cão após a morte de um dos seus filhotes, o Fergus e serviu para conforto ao seu gigante coração.

Cardápio especial para quem é especial.

Um chef exclusivo para satisfazer a fome dos príncipes, antigo chef de cozinha da realeza, o Sr. Darren McGrady conta alguns detalhes do menu dos amigos de quatro patas da monarca, revelados para a revista Hello e para nós também.

“Quando trabalhava no palácio, tínhamos mesmo um menu para os cães. Era feito e enviado para a cozinha todos os meses pelo Sr. Fennick, que tomava conta de todos os cães em Sandringham”, começou explicando.

“A lista tinha o que os cães comeriam diariamente. Um dia seria carne de vaca, no outro galinha, no dia seguinte cordeiro, e no seguinte coelho, e alternava ao longo dos dias”.

Ração, pastinha, comida industrializad, não entravam na dieta.

As fichas técnicas de preparo eram de uma complexidade impar e tinham um rigor extremo em seu preparo.

“A carne de bovino chegava, nós cozinhávamos, cortávamos em pedaços muito finos e fazíamos o mesmo com a galinha. Depois, empilhávamos os bocadinhos e cortávamos novamente em pedaços muito, muito pequenos para nos certificarmos que não restavam ossos, para os cães não se engasgarem.” conta o chef.

E os cães tem até horário para comer: “Todos os dias um serviçal da rainha descia até à cozinha entre as duas e três da tarde para levar para cima a comida dos corgis. Cada um tinha a sua tigela”.

“A rainha é que os alimentava, após tomar o seu chá”.

Os Corgi.

Acredita-se que em 70 anos de reinado ela tenha cuidado de mais de 30 corgis. A primeira cadela da rainha, tida como a mais famosa e inesquecível para a monarca, é Susan. Vossa majestade a ganhou de seu pai, Rei George VI, em comemoração ao aniversário de 18 anos. A cachorra, inclusive, acompanhou a então princesa em sua lua de mel, em 1947.

Foi a parceira de quatro patas quem deu origem à tradicional linhagem de 15 gerações de Welsh Corgi Pembroke que reside no palácio.

Susan morreu em 1959 e, para imortalizar um dos mais importantes cachorros de Elizabeth, foi criada a “Sala Susan” no palácio, em sua homenagem. Ela também inaugurou a ala dos cachorros reais do cemitério, em Sandringham, com direito à lápide:

“Fiel companheira da rainha por quase 15 anos”.

Cão de médio porte conhecido por suas pequenas pernas é utilizado pelos galeses como pastores, cães de companhia e guardiões de fazendas. Diz a lenda que é um cão encantado usado como montaria pelas fadas e elfos e, por isso, teria uma pequena marca entre seu pescoço e ombros.

Dona de três cães, a rainha Elizabeth II adotou seu quarto bichinho de estimação.

Whisper, cachorro da raça corgi, foi acolhido pela líder britânica depois que seu dono, o guarda real Bill Fennick.

Segundo o tabloide The Sun, após a perda do dono, Whisper passou a ficar mais tempo com a rainha e ela se encantou pelo animal. Nada surpreendente, já que Elizabeth teve mais de 30 cães da raça...

Com o novo cãozinho, a monarca quebrou a promessa que recentemente havia anunciado.

Fennick era um dos funcionários do Palácio de Sandringham e morreu aos 93 anos de idade. Whisper havia sido um presente da própria rainha ao funcionário e sua mulher, Nancy.

A Visita não oficial.

Durante a visita ao Brasil a Rainha Elizabeth II teve sua agenda repleta de assuntos de Chefe de Estado. Conversa com presidente, visitas à São Paulo, Brasília, Maracanã…

“Talvez entre um chá e outro… papo vai e papo vem…”

Mas o que muitos, ou quase todos não comentam, que provavelmente após conhecer Pelé, no Maracanã,  foi a visita ao Clube de cães, o Brasil Kennel Club, “BKC”, para os íntimos.

Conhecedora de diversas raças de animais, a expert no assunto fez questão de visitar o Clube, conhecer suas dependências e criadores das mais diversas raças de cães.

Presidido atualmente pela administradora e criadora Márcia Carrera, o BKC, o Club mais antigo do Brasil, está em atividade há mais de 100 anos, contando mais de 5000 associados, com sede na Capital Fluminense ele faz da criação Cinófila um exemplo para o restante do país e para o mundo.

Com criadores de ponta das mais diversas raças, colocando a perfeição e a honestidade para com os animais em primeiríssima.

Lutando contra os que querem denegrir a imagem da criação responsável, Márcia Carrera vem se dedicando junto aos demais criadores e políticos, seguindo o exemplo de amor e o carinho pela Cinofilia da Madrinha de coração, a Rainha Elizabeth.

Fica aqui nossa homenagem à mais Conservadora e Visionária Mulher de nossa época.

Grato pela leitura.