EX-MINISTRA E FUTURA SENADORA DAMARES DENUNCIA CASO SOBRE PEDOFILIA NA ILHA DO MARAJÓ E EXPÕE COMO A POLÍTICA FUNCIONA NO BRASIL.

 

Por Guilherme Bünger 

Dias atrás a advogada, pastora evangélica e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Regina Alves de 58 anos, e recentemente eleita como a próxima Senadora do DF a assumir cargo em 2023, fez uma forte declaração expondo verdadeiras atrocidades cometidas na região da Ilha do Marajó no Estado do Pará.

 

O que ela expôs é o típico assunto que muitos sabem que existem, mas que poucos se motivam, pelos mais variados motivos, a arregaçar as mangas e fazer algo pela solução efetiva e definitiva, e outros nem imaginavam que situações abjetas como aquelas expostas ocorriam, por pura letargia e alienação.

 

O mérito já está sendo investigado pelo Ministério Público daquele estado, e desejamos que a solução apropriada seja encontrada.

 

O objetivo desse texto não é discutir o mérito, mas o que desencadeou aquela fala, além da investigação já mencionada.

 

Muito embora não seja correligionária do atual mandatário do Executivo nacional, é declaradamente sua fiel apoiadora. Com isso assume um lado, o lado da situação, e eleita de maneira expressiva com mais de 700.000 votos.

 

Seu posicionamento claro em favor do Presidente, sua conduta no Ministério e sua expressiva votação causa furor naqueles que se posicionam como opositores. E é justamente aí que reside o objeto desse texto.

 

A ex-ministra atirou em um alvo (a pedofilia no Marajó) e acertou outro também, o modelo de política irresponsável que existe no país. E matou os 2 "coelhos" com o mesmo tiro.

 

Para a oposição feroz, com todo o seu "furor do bem", dane-se o mérito, pois passa a ser muito mais relevante que se encontre alguma eventual falha, omissão, crime, ou algo que o valha para derrubar a parte denunciante, pois na realidade é isso o que os incomoda. Mas e o problema das crianças? Pela mentalidade tacanha da oposição feroz, o problema das crianças é das crianças, o que importa é resolver o problema deles, a saber, derrubar membros da situação um a um e tomar os seus lugares. Depois se fala das crianças, se até lá não surgir nenhum outro tema de maior importância para seus interesses.

 

Não importa o mérito, mas sim a autoria. Vejamos o caso da redução das alíquotas de ICMS para combustíveis em todo o país. Não interessa o mérito, a baixa de preço dos combustíveis que a população tanto ansiava, mas que a autoria não é de casa, e por isso há de se votar em contrário.

 

A questão supera o limite dos políticos e já atinge a sociedade através de seus militantes ideológicos engajados como torcedores mais acalorados de times de futebol às vésperas de uma final acirrada.

 

O incrível é ver a participação de figuras decadentes do estrelato das TVs que aproveitam o ensejo como uma oportunidade de galgar um lugar ao sol, ou aos noticiários para ganhar relevância pessoal e poder vender suas imagens em matérias, reportagens, e, quem sabe faturar algum. O pior é perceber que pessoas que outrora trabalharam com crianças não se preocupar com as crianças vulneráveis na situação e focar na denunciante.

 

Esses assuntos foram alvos de reportagens várias, já há mais de uma década, e nada fizeram, com o agravamento de que àquela época os governantes eram os mesmos que hoje são defendidos por esses. Muito louco!

 

Não seria mais justo e honesto que todos dessem as mãos, independente de viés ideológico, em prol das crianças, ao invés de imprimir todo esforço em um pedido de impedimento antecipado a uma posse que sequer ocorreu?

 

Quando os políticos e seus militantes de plantão deixarão de bradar em torno de suas bandeiras e se debruçarão sobre as verdadeiras pautas da nação e sua população?

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