É preciso dar a atenção necessária aos combatentes feridos em batalha.

Policiais feridos em serviço enfrentam depressão além das sequelas físicas, após serem aposentados por invalidez.

Desde 1994, foram 3.397 policiais mortos e 15.236 feridos.

Raphael Cabral, André Rios e Roberto Santa Rosa, policiais reformados — Foto: Acervo Pessoal

"Como policial, eu me sentia feliz por poder combater o crime e proteger direitos e deveres da sociedade. Eu me sentia útil".

"Hoje, a minha vida foi desmantelada. Eu não posso ver as pessoas na rua, o rosto da minha mãe, dos meus sobrinhos."(...)

Rodrigo Vaz.

 

Um batalão de Mutilados

 

"Se têm um batalão de mutilados, paraplégicos, tetraplégicos, pessoas sem uma parte da cabeça, que de repente se veem de cama, dependendo de sondas, fraldas, cadeiras higiênicas".

Em 2017, de acordo com a Comissão da Análise da Vitimização Policial, 163 PMs foram mortos em serviço ou de folga no Rio.

O número de feridos chegou a 784, o maior desde 2003. Somando os dados dos últimos cinco anos, 3.342 policiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) sofreram ferimentos - alguns tendo lesões mais leves e puderam voltar ao serviço, enquanto outros ficaram com danos permanentes.

Em quase um quarto de século, foram 3.397 policiais mortos e 15.236 feridos, nos cálculos da comissão, que contabiliza todos os casos de mortes ou ferimentos não naturais, sejam em confrontos ou acidentes de trânsito.

"São pessoas no calor da juventude. Pela média de idades, a maioria de mortos e feridos na PM são pessoas que teriam ainda 20 anos de serviço pela frente", afirma Cajueiro.

Nos cálculos da comissão, as baixas que a polícia sofreu nos últimos 24 anos custaram R$ 2,32 bilhões aos cofres públicos - isso sem contabilizar gastos com próteses, medicamentos, fisioterapia, injeções e internação hospitalar, entre outros.

"É um custo que o Estado e a PM estão tendo e que poderia ser evitado com investimentos em prevenção. Em uma estrutura melhor para a polícia, em leis mais duras para coibir a impunidade. E, obviamente, em investimentos sociais", afirma o presidente da comissão.

"Estamos empilhando corpos e mentes perturbadas. Isso é muito grave".

 

O motivo é que alguns tem casos de amputações, enquanto outros, tiro na cabeça...

A Lei 6.764 garante o auxílio por invalidez em casos de paraplegia, tetraplegia ou amputações, mas não para outros tipos de ferimento.

"As leis são mal elaboradas. Se for ferido em combate e perder um dos membros, ou se tornar cadeirante, recebe o auxílio. Mas se ficar com um buraco na cabeça, tiver convulsões, precisar substituir parte da calota cranial com próteses caríssimas, não recebe"

Em 2014, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio adicionou um parágrafo à lei que, em tese, estende o benefício a outros casos de invalidez física ou mental permanente.

Mas a Procuradoria-Geral do Estado questionou a constitucionalidade da mudança, que está suspensa até que tribunais superiores deliberem a respeito.



 

André Rios

 

O policial reformado André Rios, diz que policiais aposentados por invalidez sofrem com a escassez de recursos, com falta de assistência e com entraves legais e burocráticos para ter acesso a benefícios.

"Ficamos em segundo plano", diz André Rios, que ficou paraplégico após ser atingido por quatro tiros em 2003, depois que bandidos fecharam seu carro para um assalto e o identificaram como policial.

"Para cada um que morre, uns seis policiais ficam gravemente feridos. O impacto é enorme, e o gasto que a administração pública tem com isso é astronômico", diz ele, que virou um forte defensor dos direitos de policiais feridos desde antes de se formar em direito.

De acordo com a PMERJ, os policiais são vítimas do mesmo cenário de violência que os demais cidadãos fluminenses - com o agravante de que, quando um agente de segurança é identificado como tal, o criminoso busca eliminá-lo.

Em nota, a corporação afirmou que uma das ações principais para reduzir os danos aos policiais é trabalhar para ampliar o policiamento ostensivo de uma maneira geral e, assim, "dar mais segurança aos cidadãos e aos policiais".



 

fonte de inspiração : g1. o globo.

Opino.

 


Há muito que estamos tendo que lidar com noticiários que informam a quantidade de policiais mortos em serviço e em decorrência da profissão, pois muitos são "abatidos" estando em sua hora de lazer, sem estarem efetivamente em serviço, mas...

Policial é policial, 24 hrs por dia...

 

Existem pessoas por de trás daquelas fardas, pais e mães de família que sofrem por serem policiais, muitas das vezes penso que há alguma espécie de preconceito que causam perseguições, injúrias e assassinatos, além do descaso que os Estados têm com os seus.

 

"Vejo vídeos de atualidades nas redes sociais e muitos delas tem algo em comum que me perturba, livremente é veiculado as figuras de agentes do crime, portando suas armas e cantando suas músicas, um verdadeiro descalabro. 

Tudo bem, entendo que a liberdade é direito nosso, mas formação de grupos paramilitares já é demais para qualquer pessoa com discernimento entre o legal e o ilegal, deveriamos sim combater com todas as nossas forças este tipo de publicações evitando a proliferação deste mal."

 

Na luta de combater as interpretações equivocadas que as leis atuais permitem que se façam, André Rios está a frende de inúmeras batalhas para que sejam feitas as devidas correções e tentar amenizar o sofrimento destes bravos heróis.



 

Escritor. Colunista. C.E.O. do site direitacapital.com. JORNALISTA. Diretor de imprensa.

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